A celebração do Dia Internacional dos Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE), que se assinala hoje, dia 14 de outubro, é um momento para refletir sobre o contributo do setor dos Equipamentos Elétricos e Eletrónicos para uma economia mais circular.
O debate sobre a gestão destes resíduos, mesmo quando marcado por interpretações parciais ou dados fora de contexto, é uma oportunidade para reafirmar o compromisso da cadeia de valor com os objetivos nacionais.
Num contexto de transição digital e climática, os REEE deixaram de ser vistos apenas como um problema ambiental.
São agora uma fonte valiosa de materiais críticos e terras raras, essenciais para a indústria e para a redução da dependência de mercados externos.
O sistema nacional de gestão de REEE apresenta taxas de valorização e reciclagem superiores a 90% para os fluxos que lhe são confiados - um resultado que demonstra elevada eficiência e conformidade com as Melhores Técnicas Disponíveis.
É importante distinguir este desempenho comprovado das estimativas sobre fluxos que escapam ao sistema e que têm de ser recuperados para o circuito formal de recolha e tratamento, inovando nos modelos de recolha e promovendo comportamentos adequados no cidadão não afastando nunca a atenção da necessidade de uma ação coordenada e global.
Nos últimos anos, as políticas comunitárias e nacionais seguem a linha do incentivo à reparação, do ecodesign e da conceção para a durabilidade.
Nesta sequência a maioria dos equipamentos colocados no mercado hoje duram cada vez mais anos “prejudicando” os objetivos de recolha anuais uma vez que, e bem, a aposta é no alargamento do tempo de vida dos equipamentos.
Portanto, mais do que discutir metas de recolha, é essencial compreender o ciclo de vida completo dos produtos. Um painel fotovoltaico, por exemplo, não é um resíduo de curto prazo, mas um equipamento com mais de 20 anos de vida útil, cujo futuro desmantelamento será uma fonte valiosa de recursos mas que não contabilizará para as metas dos próximos anos.
Neste Dia Internacional, o desafio convoca-nos a todos, todos, todos para:
- produzir melhor;
- consumir melhor;
- entregar os resíduos nos locais adequados para o efeito;
- recuperar materiais promovendo a sua reintrodução numa economia que fecha o ciclo produzindo melhor.
