A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) vai investir cerca de 1,5 milhões de euros na intervenção de migração sedimentar para a praia do Vau, em Portimão.
A empreitada, que acaba de ser adjudicada, pretende reverter o circuito de circulação sedimentar, promovendo a migração sedimentar desde o final do circuito (a zona de acumulação da praia da Rocha) para o seu local original, onde a erosão das arribas causa maior risco para os utentes das praias (o troço contido entre a praia do Vau e a praia dos Três Castelos).
A medida deve ser entendida como de proteção costeira, uma vez que a areia a depositar nas praias suportadas por arribas permitirá alimentar a célula natural de circulação sedimentar poente, atenuando significativa e temporariamente a erosão das arribas nas praias dos Careanos, Amado e Três Castelos, ao longo de um troço com uma frente de mar de 1350 m, promovendo o alargamento do areal do troço costeiro entre as praias do Vau e da Rocha, por forma a aumentar a área disponível para os utilizadores das praias fora das faixas de risco das arribas.
A intervenção faz parte do conjunto de intervenções constantes do Plano de Ordenamento da Orla Costeira Burgau-Vilamoura, bem como da proposta do Programa da Orla Costeira Odeceixe-Vilamoura (POC) que inclui a migração sedimentar para a praia do Vau, com prioridade I (mais elevada).
A migração sedimentar para a praia do Vau integra-se ainda no conjunto de intervenções de prevenção e gestão do risco, com prioridade elevada constantes do Plano de Ação Litoral XXI, elaborado pela APA, em 2017.
A obra está inscrita no Programa Ação Climática e Sustentabilidade (PACS) e insere-se na Operação n.º PACS-FC-00256500 –“Migração Sedimentar para a Praia do Vau - Portimão”, aprovada na candidatura ao Aviso PACS-2023-1 – “Aviso Destinado à Proteção e Defesa do Litoral – Ações Materiais (1.º Aviso)”, da Prioridade do Programa “2A. Sustentabilidade e Transição Climática” e do Objetivo Específico “Promover a adaptação às alterações climáticas, a prevenção dos riscos de catástrofe e a resiliência, tendo em conta abordagens baseadas em ecossistemas”.
O prazo de execução da empreitada é de 210 dias, prevendo-se o início dos trabalhos do final da época balnear do presente ano.