Comemorou-se no dia 16 de setembro o Dia Mundial para a Proteção da Camada de Ozono sob o tema “Protocolo de Montreal@35 - uma cooperação global para proteger a vida na Terra”.
O Protocolo de Montreal completa nesta data 35 anos de implementação e é o tratado global com maior sucesso a nível internacional, tendo acabado com uma das maiores ameaças para a humanidade: a destruição da camada de ozono.
35 anos depois, 197 países reduziram em cerca de 99% a utilização de substâncias que empobrecem a camada de ozono e o buraco na camada de ozono sobre a Antártida seria hoje 40% maior se não fosse aquele compromisso mundial.
A ação da camada de ozono é proteger a humanidade e os ecossistemas da radiação ultravioleta do sol. As medidas no âmbito do Protocolo de Montreal têm evitado que milhões de pessoas, por ano, sejam diagnosticadas com cancro da pele e cataratas.
Mas o Protocolo de Montreal tem, no contexto das alterações climáticas, muito mais a oferecer: se as substâncias químicas que destroem a camada de ozono, usadas originalmente em aerossóis e em equipamentos de refrigeração, não tivessem sido banidas, estaríamos perante um aumento catastrófico da temperatura global de mais 2,5°C até ao final deste século.
Adicionalmente, a última emenda ao Protocolo de Montreal - a Emenda de Kigali - estipula o compromisso de reduzir a utilização de hidrofluorocarbonetos (HFC) que, apesar de não destruírem a camada de ozono, são poderosos gases com efeito estufa. As reduções de HFC aí previstas deverão evitar até 0,4 °C de aumento da temperatura global até ao final do século.
Veja aqui o vídeo das Nações Unidas alusivo a este dia.