Na COP 29, que decorreu em Baku, foi alcançado um importante acordo que estabelece uma nova meta de financiamento climático para 2025-2035 para o apoio à ação climática aos países em desenvolvimento.
Destacar também o acordo alcançado em relação aos mercados de carbono, depois de quase uma década de negociações, permitindo apoiar os esforços de mitigação para implementação das NDCs por parte dos países desenvolvidos e ao mesmo tempo canalizar investimento público ou privado para os países em desenvolvimento.
A Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP29) abriu com o apelo de várias Partes e do Presidente da COP29, Mukhtar Babayev, para alcançar um acordo sobre a Nova Meta de Financiamento Climático (NCQG) que permitisse apoiar a ação climática nos países em desenvolvimento. "We need to invest today, to save tomorrow!"
Apesar das circunstâncias muito difíceis, durante as duas semanas de negociação, foi atingido um importante acordo o Baku Climate Unity Pact, com especial destaque para a nova meta de financiamento climático pós-2025. Uma das grandes vitórias deste acordo foi a ampliação da base de doadores, ainda que de forma voluntária, para a nova meta de financiamento climático pós-2025.
A UE gostaria de ter visto mais ambição na vertente mitigação, para além do acordo relativo à operacionalização dos mercados de carbono (artigo 6.º), mas tal não foi possível face ao bloqueio dos países produtores de combustíveis fósseis, tendo ainda assim sido possível “manter vivo” o consenso alcançado na COP28, nos Emirados Árabes Unidos e que apelou ao início da transição para o fim dos combustíveis fósseis.
A APA, enquanto ponto focal nacional junto da UNFCCC, acompanhou as negociações em Baku.
Portugal esteve ainda presente na COP29 através do Pavilhão de Portugal, onde foram dinamizados diversos eventos com empresas, sociedade civil e outras Partes.
