O benzeno no ar existe predominantemente na fase de vapor, com tempos de residência que variam entre um dia e duas semanas, dependendo do ambiente, do clima e da concentração de outros poluentes.
A reação com radicais hidroxilo (OH*) é a forma mais importante de degradação deste composto na atmosfera. Em ambientes fechados outros oxidantes, como o ozono e os radicais de nitrato, também podem contribuir em menor grau para a degradação do benzeno.
O benzeno é formado por processos naturais e atividades humanas. As fontes naturais de benzeno incluem vulcões e incêndios florestais.
As concentrações de benzeno no ar ambiente são principalmente devidas ao tráfego rodoviário e são afetadas pela estação do ano e pela meteorologia. Outras fontes externas de benzeno são postos de gasolina e determinadas indústrias, como as relacionadas com carvão, petróleo, gás natural, produtos químicos e aço.
No passado, o benzeno era amplamente utilizado como solvente, principalmente em tintas industriais, removedores de tinta, adesivos, agentes desengordurantes, álcool desnaturado, cimentos de borracha e produtos para artesanato. A imposição de limites de exposição ocupacional mais baixos levou a uma redução desses usos.
O benzeno é reconhecido como uma substância cancerígena para o ser humano destruindo o material genético e, como tal, não existe nenhum nível no ar ambiente que possa ser considerado absolutamente seguro. Estudos em trabalhadores expostos a níveis elevados de benzeno mostraram um risco elevado de contrair leucemia.
Em Portugal, e dando cumprimento à legislação comunitária, a concentração de benzeno no ar ambiente é objeto de regulamentação e controlo através do Decreto-Lei n.º 102/2010, de 23 de setembro, estando estabelecidos os requisitos para a monitorização e um valor limite de concentração no ar ambiente (ver Qualidade do ar).
Com o objetivo de reduzir as concentrações destes poluentes no ar ambiente bem como as suas emissões existem instrumentos legais de controlo das emissões nas fontes mais significativas que incluem valores limite de emissão (por ex. processos de combustão em atividades industriais, etc.) e limites ao teor de benzeno nos combustíveis usados, quer na atividade industrial quer nos veículos rodoviários e navios (ver Controlo de emissões).
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