Por que motivo os sacos passam a ser pagos? E para onde vai esse dinheiro?
O problema dos sacos de plástico leves é reconhecido no nosso país há vários anos. Várias têm sido as tentativas, do lado dos governos e dos agentes económicos, para conseguir a sua redução. No entanto, apesar dessas importantes iniciativas, a redução dos sacos de plástico leves não tem sido suficiente face à dimensão e urgência do problema. Para o conseguirmos, a solução passa por todos. Principalmente pelos consumidores, que têm em si a possibilidade de escolha e, com ela, o poder da mudança. Uma mudança fácil, porque são muitas e acessíveis as alternativas disponíveis.
As receitas da contribuição sobre os sacos de plástico leves financiam e permitem o desagravamento do IRS já sentido este ano. Pelo dano que o consumo destes sacos representa para a biodiversidade, uma parte será alocada também para a proteção da natureza.
Quais os sacos abrangidos pela contribuição de 10 cêntimos e em que locais?
Todos os sacos com alças, que tenham plástico na sua constituição, com uma espessura inferior ou igual a 50 microns (sacos leves), fornecidos aos consumidores nos vários tipos de lojas e estabelecimentos (ex.ºs supermercados, restaurantes, padarias, pastelarias, estabelecimentos “take-away”, farmácias, lojas de pronto-a-vestir, etc.). Aplica-se a todos os sacos leves com alças, mesmo aqueles que hoje já sejam pagos no ponto de venda.
E os restantes sacos, com maior espessura?
Os sacos de plástico leves são geralmente os mais prejudiciais para o ambiente. Por serem menos resistentes e mais facilmente fragmentáveis, servem para muito poucas utilizações.
São também mais difíceis de tratar como resíduos: misturam-se com o lixo, prejudicando a reciclagem dos sacos e dos outros materiais. Vão por isso essencialmente para o aterro, apenas após uma ou duas utilizações.
Como são leves, voam facilmente, atingindo grandes distâncias e poluindo a natureza e o mar. Como são degradáveis, separam-se em partículas finas, que entram nos ecossistemas e na nossa cadeia alimentar. Pelo contrário, os sacos mais resistentes e reutilizáveis podem durar uma vida, substituindo milhares de novos sacos de uso único.